Escrito
por George Castro
Em tempos de
neoliberalismo econômico, social, cultural e outros, o estado ao se
achar incapaz de cumprir suas responsabilidades, transfere-as a
outros, pois, não há tempo a perder com coisas supérfluas, como
cuidar da saúde, educação, alimentação e segurança do seu povo.
É mais fácil ficar á distância e “colher” os resultados,
pois, se algo der errado, exime-se da culpa.
Houve um
tempo, e não tão longe, em que o Pai, a Mãe e os filhos,
sentavam-se ao redor da mesa, e ali, colocava-se em dia as tristezas
e as alegrias da vida, repartia-se o pão e o abraço. Os pais
falavam, e acreditem, os filhos ouviam. Traçavam-se planos juntos:
As férias, o trabalho, a reforma da casa, a compra do carro novo, o
natal, o ano novo... Não tinha tanta tecnologia, então se escrevia
cartas a mão, dava-se recados de corpo presente, os parabéns eram
dados com beijos e abraços autênticos e, na maioria das vezes, na
casa do aniversariante. Namorava-se de porta, e não se tinha tanta
pressa... Os amigos se visitavam, os vizinhos se conheciam, fazia-se
festa nas ruas e não tinha tanta violência, tanta droga,
banalização e morte.
Hoje vivemos
em um mundo virtual, onde as pessoas não se tocam não se cheiram
não se falam e não se ouvem. É comum encontrarmos várias pessoas
em um mesmo ambiente sem que troquem uma palavra por várias horas.
Temo que no futuro, a humanidade venha a perder a capacidade de
falar, abraçar e sorrir. Um simples aperto de mão ou um aceno
poderão ser considerados gestos agressivos ou suspeitos.
E assim
caminha a humanidade rumo à solidão, ao individualismo e ao
consumismo desenfreado, que nada mais é do que uma forma de tentar
preencher as carências e os vazios que o mundo moderno não consegue
suprir. Por isso, há tanta gente triste no mundo, pois, as coisas
não substituem o amor do ser humano e muito menos o amor de Deus.
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